Presidente Lula em visita ao Vaticano diz ter tido 'química' com Papa e elogiou sua 1ª exortação.
O primeiro encontro entre o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Papa Leão XIV, realizado nesta segunda-feira (13) no Vaticano, rendeu mais do que pautas diplomáticas: gerou uma notável "química" e um alinhamento de propósitos que promete ecoar globalmente. Em declaração após a audiência, Lula ressaltou a afinidade imediata com o novo pontífice, comparando a experiência a conhecer alguém de longa data.
"Houve muita química na minha relação com o Papa. A relação humana é 80% química e 20% emoção e razão", declarou Lula, que ainda afirmou ter lido a primeira Exortação Apostólica do Papa Leão XIV, intitulada 'Dilexi te', antes do encontro.
Elogios à Exortação Apostólica 'Dilexi te'
O documento papal, publicado recentemente, tem como tema central "o amor para com os pobres" e critica veementemente a desigualdade social, a indiferença à fome e a "racionalidade econômica" que ignora os mais vulneráveis. O presidente brasileiro não economizou elogios à mensagem de Sua Santidade.
Lula parabenizou o Papa Leão XIV pela Exortação Apostólica, destacando a importância da sua mensagem: "não se pode separar a fé do amor pelos mais pobres". Em suas redes sociais, o presidente reforçou: "Disse a ele que precisamos criar um amplo movimento de indignação contra a desigualdade e considero o documento uma referência, que precisa ser lido e praticado por todos."
A afinidade temática é clara, unindo o foco da Igreja na "Igreja pobre e para os pobres" e a pauta central do governo Lula de combate à fome, com destaque para a recente saída do Brasil do Mapa da Fome, conforme dados da FAO, e a proposta brasileira de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Fome, Pobreza e o Convite para a COP 30
A sintonia dos líderes se aprofundou na crítica aos gastos militares globais. Lula questionou o investimento de US$ 2,7 trilhões em armamentos, afirmando que uma fração desse valor poderia alimentar a população mundial em situação de fome.
Durante a reunião, o presidente também convidou o Papa para participar da COP 30, que será realizada em Belém do Pará, em 2025. O pontífice, segundo Lula, não poderá comparecer na data, mas demonstrou a intenção de visitar o Brasil em um "momento oportuno", o que foi recebido com grande entusiasmo pelo presidente e pela primeira-dama, Janja, que também participou do encontro.
O diálogo no Vaticano reforça a posição de Lula como um defensor global da justiça social e humanitária, encontrando no novo Papa um forte aliado com uma visão profundamente alinhada à Teologia da Libertação, que historicamente influenciou a esquerda brasileira. O encontro, marcado pela química e pela convergência de ideias, promete ser um ponto de partida para a cooperação em pautas cruciais no cenário internacional.
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