Merkel afirmou que o anúncio foi um erro e pediu desculpas à população por ter provocado incertezas.
Com o número de novos casos em alta há quatro semanas consecutivas, a premiê havia dito que todas as lojas ficariam fechadas de 1º a 5 de abril, com exceção de mercados no sábado -o que poderia ter levado a uma corrida aos supermercados, que ficariam superlotados.
As medidas foram questionadas por epidemiologistas e políticos de sua própria coalizão, levando Merkel a recuar.
Associações empresariais também afirmaram que seria impensável paralisar fábricas inteiras por cinco dias seguidos, e políticos criticaram a decisão de impor às igrejas que cerimônias de Páscoa fossem feitas apenas online. A data, que representa a ressurreição de Jesus, é considerada por muitos cristãos como a mais importante do ano.
Segundo a mídia alemã, Merkel se reuniu por teleconferência com os governadores dos 16 estados na manhã desta quarta e admitiu o erro. "Se possível, devemos corrigir a tempo. Acredito que ainda é possível", afirmou, segundo jornalistas.
A decisão de adiar o relaxamento de restrições em regiões que estejam com mais de 100 novos casos semanais por 100 mil habitantes foi mantida.
Merkel tem manifestado preocupação com o crescimento de novos casos, puxado pela variante B.117, mais contagiosa e mais letal. "Temos basicamente uma nova pandemia agora", disse ela na terça.
O número de novos testes positivos saltou 20% na décima semana deste ano, depois de oscilar entre altas de 2% a 5% nas três semanas anteriores.
A premiê quer ao mesmo tempo segurar a transmissão e acelerar a campanha de vacinação no país. "A ciência nos mostra claramente: quanto mais baixos os números de novas infecções, mais rápido a vacinação terá efeito. Quanto mais altas as novas infecções, mais tempo leva para as vacinações terem um impacto", disse.
FONTE: www.noticiasaominuto.com.br
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