Especialistas em aviação, tentam entender o que fez o avião voar tão baixo até bater na linha de transmissão.
O Aeroporto de Ubaporanga, conhecido como Caratinga, tem uma pista de 1.080 metros. A aproximação é feita numa espécie de corredor, com montanhas dos dois lados. E uma linha de transmissão a cerca de 5 km do local.
As investigações indicam que o avião teria batido em uma linha de transmissão, um para-raio, que não estava energizado, segundo a companhia elétrica.
Havia relatos anteriores de dois alertas para obstáculos próximos ao aeroporto de Caratinga. O primeiro, de 5 de agosto, destaca a presença de um obstáculo, uma torre. O segundo, de 13 de setembro, aponta para um obstáculo, uma antena.
Os documentos, chamados de Infotemp, são emitidos pelo Decea.
Em nota, o Decea, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, comunicou que informações sobre obstáculos são públicas e de conhecimento obrigatório para pilotos que pretendem operar no aeródromo de Caratinga.
A nota destaca que os obstáculos que constam no aviso não são os cabos de alta tensão. E completa:
"Pelo fato de a linha de transmissão naquele trecho em que ocorreu o acidente estar além dos limites do Plano Básico de Proteção do Aeródromo, esses cabos não fizeram parte da análise, segundo os critérios da Organização de Aviação Civil Internacional".
"Um piloto que for voar para esse aeroporto, ele vai levantar as informações e vai ver que ali, nas coordenadas geográficas, têm torres e fios de alta tensão", diz Roberto Peterka.
Geraldo Medeiros conhecia as regras da aviação. Era um piloto experiente, com 15 anos de profissão.
Segundo os especialistas, o aeroporto de Carantinga tem outra característica que pode ter influenciado os piliots a voarem mais baixo. Ele está numa altitude de 600 metros e está muito sujeito aos efeitos das alterações climáticas, como por exemplo o surgimento de nuvens.
As investigações sobre a queda da aeronave que a cantora Marília Mendonça viaja passou por perícia na área do acidente e foi finalizada na tarde de sábado (6) e os próximos passos incluem ouvir as testemunhas oculares dos instantes que precederam a queda.
A aeronave e os destroços foram recolhidos neste domingo (7) e devem ser levados para o aeroporto de Caratinga.
A previsão é de que o inquérito seja concluído em 30 dias.
FONTE: g1.globo.com.
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